Formação e Especialização em Perfusão, Áreas de Atuação e Educação Continuada

Formação e Especialização em Perfusão, Áreas de Atuação e Desenvolvimento Profissional Contínuo 

Acreditamos que a educação continuada e a boa comunicação entre os membros da equipe são essenciais para o sucesso em qualquer procedimento cirúrgico. Em um trabalho tão complexo quanto o dos profissionais de saúde, é natural que apareçam momentos de medo e insegurança. Contudo, enfrentar esses desafios com conhecimento e preparo é fundamental para garantir a segurança dos pacientes.

O papel do perfusionista exige interesse, atenção e flexibilidade, além de conhecimentos em áreas como anatomia, fisiologia e patologia. Estudar e manter-se atualizado é indispensável. E mesmo com grande capacidade técnica, é importante lembrar que somos todos humanos. Por isso, uma relação humanizada entre a equipe cirúrgica pode ser determinante para o sucesso de um procedimento.

Quem pode fazer a pós-graduação em perfusão?

A pós-graduação em perfusão é voltada para profissionais da saúde com formação superior em áreas como Biomedicina, Farmácia, Biologia, Enfermagem e Fisioterapia. Aqueles que possuem diploma em qualquer uma dessas áreas estão aptos a buscar especialização para se tornarem perfusionistas. No entanto, é essencial verificar os requisitos específicos de cada programa de pós-graduação, pois eles podem variar entre instituições e países.

Se você está considerando o curso de perfusão, certifique-se de que ele seja reconhecido e familiarize-se com os programas específicos de cada especialização, especialmente em instituições internacionais.

Para responder a uma pergunta frequente: não há estágios em perfusão disponíveis para alunos recém-formados ou em fase final de curso de graduação. Os estágios práticos são realizados durante a pós-graduação, sob supervisão dos centros formadores. Visitas técnicas podem ocorrer, mas sempre de acordo com as regras e a ética de cada instituição

Em quais áreas o perfusionista pode atuar?

  • Cirurgias cardiovasculares –Transplante cardíaco e pulmonar, cirurgias de aorta, valvares, coronarianas, congênitas e outras cirurgias complexas
  • ECMO e Assistência Circulatória Mecânica
  • Áreas Específicas – HIPEC e Autotransfusão (Cell Saver)
  • Representação ou Especialização de Produtos em empresas do setor de saúde
  • Educação Continuada – Participação em cursos e treinamentos para atualização profissional
  • Docência – Ensino no nível superior, tanto na graduação quanto na pós-graduação

Com o avanço contínuo da medicina, é essencial que os perfusionistas se dediquem ao estudo constante e ampliem seus conhecimentos em diversas áreas. Isso não apenas aprimora suas habilidades, mas também os capacita a tomar decisões mais informadas e assertivas em suas carreiras.

Educação Continuada

A educação continuada é essencial pois a área está em constante evolução com novos avanços tecnológicos e científicos. Atualizar-se sobre novas técnicas e equipamentos por meio de cursos, workshops e conferências é fundamental para manter a eficácia profissional. Além disso, buscar certificações e treinamentos especializados pode abrir novas oportunidades e aprofundar conhecimentos em áreas específicas.

A participação em pesquisas e estudos clínicos também contribui para o desenvolvimento da profissão e para a aplicação de novas práticas. Investir na educação continuada permite aos profissionais oferecer cuidados de alta qualidade e um avanço significativo em suas carreiras.

Texto: Cibele Sperone – Coração & Perfusão

 

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Conheça sua Essência

O ÚNICO responsável pelo SUCESSO na carreira é VOCÊ mesmo!

Investir em autoconhecimento é libertador e necessário, pois é uma forma de entender a si mesmo em todos os sentidos. Permite que descubra suas qualidades, suas capacidades, além dos pontos que precisam ser melhorados. Além disso, aprendemos a lidar com diversas situações e a encontrar novas oportunidades para nos desenvolvermos.

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Componentes do Circuito de ECMO

Componentes do Circuito de ECMO

O circuito de ECMO não é composto apenas por máquina, oxigenador e tubos. É mais do que isso! Ele também possui acessórios deixando o circuito mais completo e seguro.

É composto por: bomba propulsora, blender, trocador de calor, hand crank, materiais descartáveis como cânulas, oxigenador de membrana, conjunto de tubos e acessórios como fluxômetro (leitura do fluxo), transdutor de pressão, conectores, torneirinhas e pigtails.

A bomba posicionada na linha venosa do circuito fica entre o paciente e o oxigenador. Ela impulsiona o sangue gerando um fluxo unidirecional e contínuo do sistema e possui dispositivos de segurança – bateria e hand crank que permitem seu funcionamento em caso de emergência.

O oxigenador de membrana possui uma entrada de linha de gás que deve ser conectada ao blender. O blender funciona como um misturador de gases que processa o ar comprimido e oxigênio, os misturando adequadamente e gerando a concentração ideal para o paciente. O oxigenador então, faz a difusão dos gases permitindo a oxigenação do sangue.

O trocador de calor tem a função de manter o paciente aquecido. Já o conjunto de tubos e conectores são como condutores do sangue realizando a conexão entre o paciente e o sistema. As cânulas utilizadas devem ser aramadas, possibilitando movimentos com grandes angulações sem nenhum comprometimento. Além disso, permitem melhor visualização do RX facilitando a verificação do seu posicionamento.

Transdutores, pigtails e torneirinhas servem para monitorização das pressões do circuito, realizar coletas de exames ou administração de volume ou drogas no próprio sistema. Conhecer o tipo de torneirinha e saber manipular adequadamente é fundamental.

Entender a composição do circuito e a fisiologia de cada componente separadamente, ajuda a preparar o profissional para resolver qualquer intercorrência que possa ocorrer durante a ECMO.

Foto: Simulação realística ECMO DAY – Realização: Coração & Perfusão 

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Componentes do Circuito de Circulação Extracorpórea (CEC)

Componentes do Circuito de Circulação Extracorpórea ( CEC)

O circuito de Circulação Extracorpórea (CEC) envolve máquinas, aparelhos e materiais descartáveis, mantendo a vida do paciente durante a cirurgia cardíaca. Vamos explorar alguns componentes essenciais que colaboram para que tudo isso aconteça.

Cânulas – utilizadas para conectar o paciente ao circuito de CEC, direcionando o sangue para o reservatório venoso. Antes da CEC, o cirurgião insere cânulas venosas (Veia Cava Superior, Veia Cava Inferior ou Átrio Direito) e uma cânula arterial (Aorta). O sangue é desviado para a máquina antes de alcançar o Átrio Direito, retornando ao paciente pela Aorta e perfundindo todo corpo.

Conjunto de Tubos – composto por tubos, conectores e acessórios. Esses componentes são fundamentais para conectar as estruturas do circuito ao paciente, sendo diretamente acoplados às cânulas. Realizam um papel fundamental no transporte de solução fisiológica, sangue, água e gases durante todo o procedimento.

Reservatório Venoso – estrutura que acomoda todo o sangue proveniente do campo cirúrgico, que vem pelos aspiradores e pela linha venosa do paciente. Após essa fase, o sangue é impulsionado por uma bomba propulsora (podendo ser uma bomba centrífuga ou de rolete) em direção ao Oxigenador de Membrana. Este componente chamado de “pulmão artificial” é essencial no circuito, pois facilita as trocas gasosas, oxigena o sangue e elimina o dióxido de carbono.

Filtro Arterial – atua como uma última barreira antes do retorno do sangue ao paciente, reduzindo o risco de embolia.

Permutador de Calor – está integrado ao Oxigenador de Membrana e tem a função aquecer e resfriar o sangue do paciente durante a cirurgia.

Hemoconcentrador – capaz de eliminar água, eletrólitos e pequenas substâncias do sangue. Funciona como um rim artificial, removendo o excesso de líquidos administrados durante a cirurgia.

Texto: Coração & Perfusão

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A Importância dos Treinamentos na Equipe Multidisciplinar

Em um campo tão complexo como a cardiologia, a colaboração entre profissionais de saúde é vital!

Os treinamentos em equipe multiplicam os conhecimentos e habilidades de perfusionistas, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos e demais especialistas, proporcionando maior segurança para o paciente. A troca de experiências e a coordenação entre membros da equipe, melhoram o diagnóstico e tratamento melhorando assim o padrão de atendimento.

Eles oferecem oportunidades para aprimorar habilidades técnicas e não técnicas do profissional, atualizar conhecimentos sobre novos materiais e práticas clínicas e promover uma comunicação eficiente entre os membros da equipe.

COMUNICAÇÃO – O paciente é sempre o foco central de todo o processo, desde o pré-operatório, passando pelo centro cirúrgico, pós-operatório (UTI) até a alta hospitalar. Cada etapa tem sua própria demanda e envolve diferentes profissionais, por isso, a colaboração entre esses setores é essencial para garantir um cuidado abrangente e bem-sucedido.

Investir em treinamento conjunto fortalece a equipe, aumenta a eficiência operacional e, o mais importante, garante o atendimento de alta qualidade promovendo saúde e o bem-estar dos pacientes.

Foto: Workshop de ECMO – Coração & Perfusão – Simpósio de Atualização em Perfusão ALAP SP 2022

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A Circulação Extracorpórea em Pacientes de Alto Risco

A Circulação Extracorpórea em Pacientes de Alto Risco

Quando nos referimos à circulação extracorpórea em pacientes de alto risco, estamos discutindo a utilização da técnica onde os pacientes apresentam condições médicas ou fatores de risco que tornam o procedimento cirúrgico mais desafiador.

A Circulação Extracorpórea (CEC) é utilizada em cirurgias cardíacas, quando o coração precisa estar parado temporariamente e protegido, para que o cirurgião possa realizar intervenções como reparo de válvulas, revascularização coronariana, transplante cardíaco, entre outros.

Pacientes de alto risco:

➡ Pacientes com insuficiência cardíaca grave que apresentam alto risco durante a manipulação do coração.

➡ Doenças cardiovasculares: pacientes com anatomia vascular complexa, lesões cardíacas ou condições congênitas.

➡ Idosos com condições clínicas associadas.

➡ Presença de doenças associadas, como diabetes, doença pulmonar crônica ou renal, podendo complicar o manejo perioperatório.

➡ Casos de reoperações.

Para abordar a CEC em pacientes de alto risco, a equipe cirúrgica precisa considerar cuidadosamente a estratégia da CEC e as técnicas cirúrgicas específicas, minimizando complicações e otimizando os resultados. Isso pode envolver o uso de técnicas menos invasivas, estratégias de anticoagulação, monitoramento rigoroso e a colaboração interdisciplinar entre cardiologistas, cirurgiões, perfusionistas e anestesistas, com o objetivo de melhorar a segurança e eficácia do procedimento nesses pacientes específicos.

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